25.2.11

II PARTE de PRESA SEM CORAGEM

Eu sabia que era proibida de namorar escondido, de beijar qualquer garoto e de fazer coisa errada, ou seja deixar que aconteça algo parecido como aconteceu com minha mãe, uma gravidez na adolescência. Eu não era normal para qualquer amiga minha por isso, obedecia e respeitava tudo que minha mãe me pedia para que não fizesse. Isso as vezes me deixava até chata com minhas amigas, pois não podia ir a uma festa sem minha mãe, ou sem avisar a ela, nem voltar pra casa sozinha e nem com minhas amigas, eu não ligava pra isso e nem me importava, adorava minha família do jeito que ela era. Mas um dia tudo mudou.
Eu estava sentada na escada do colégio lendo um livro, quando Ramon senta ao meu lado e diz que quer falar comigo, ai vamos para uma sala em particular, eu me sentia diferente com ele, não era normal aquilo dentro de mim, eu sentia vergonha e ao mesmo tempo queria sair correndo dele, não sabia o que era. Ele parecia estar nervoso e sua voz estava cortando, não entendi o que ele queria dizer naquele momento. Ele veio mais pra perto de mim e ...

Aquele foi meu primeiro beijo, ele encostou de vagar seus lábios no meu e com um ritmo letamente fomos nos beijando, o gosto era de maçã verde de um pastilha que eu estava na boca, senti sua mão em minha costa, não sabia o que fazer então coloquei minha mão no ombro dele. Naquele momento eu não pensava em mais nada, era com se tivessem apagado tudo ao nosso redor.

Quando nos afastamos um do outro, ele sorriu e ficou me olhando como se queria uma resposta de algo que ele não me perguntou. Acho que fiquei vermelha de vergonha, não podia dizer a ele que era o meu primeiro beijo, mas sem nem eu falar ele diz:

- Esse foi nosso primeiro beijo. O beijo mais perfeito e mais romântico que alguém pode ter.

Dessa vez não fiquei calada:

- Foi sim.
- Alicia, você quer namorar comigo?

Nossa aquela era a única pergunta que eu não queria que ele fizesse, não que eu não quisesse, mas não agora. Não queria dizer a ele que eu não podia, então disse que ia pensar. Logo em
seguida ele me beija de novo e sai da sala olhando pra mim com um sorriso.

Quando chego em casa minha mãe me pergunta se foi bom o dia na escola, falei que sim, mas não contei o que aconteceu pra ela, eu sabia que se contasse ia ser pior pra mim, além de voltar todos os dias da escola com ela, iria ficar trancada em meu quarto por um bom tempo. Não queria deixa-lá triste comigo, pois ela me disse que se eu fizesse algo de errado a mãe dela e todos de nossa família iria colocar a culpa toda nela.
Então aquele foi o primeiro dia que não contei a verdade pra minha mãe.
Estava confusa, mas eu já sabia o que era pra ser feito, então já sabia a resposta, fiquei pensando o fim de semana inteiro no nosso beijo e naquela pergunta. O "quer namorar comigo?" era a pergunta que eu mais queria escutar e vindo de alguém que eu gostava foi perfeito. Sei que estou em um beco sem saída agora, mas estou firme na minha resposta.
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II PARTE de PRESA SEM CORAGEM
>>>> AUTORA: ALANNY C. S. <<<<

14.2.11

PRESA SEM CORAGEM - I PARTE

Tudo começou quando minha mãe ficou grávida de mim aos quinze anos e decidiu sair de casa para se casar com o meu pai e ter uma vida nova. Tudo estava ficando complicado pra ela, além de esta grávida estava estudando ainda e o Gustavo seu marido não tinha um emprego fixo.
Eles estavam morando na casa que ganharam dos pais de Gustavo, também recebiam ajuda da família de Tereza, a minha mãe. Antes de nascer, todos já me esperavam com bastante carinho. Era amigas de minha mãe, vizinhos, família, todos querendo cuidar de mim.
Quando nasci, minha mãe me levava todos os dias para visitar minha avó materna, lá Vovó me dava banho, trocava minha fralda, fazia papinha pra mim. E assim fui crescendo e gostando de ir à casa dela onde fui me acostumando com a família. Estava sendo a primeira em tudo, primeira filha, primeira neta e a primeira a estudar.
Não entendia muita coisa ainda, mas já estava sendo protegida e sendo amada por todos. Era bom aquele sentimento de ser amada em todas as horas, em chegar em casa e ganhar beijos e abraços de todos. Assim fui crescendo cada vez mais. Tive mais dois irmãos, Bruna e Carlos. E vários primos e primas.
Lembro de ter sido a rainha do milho, de ter cantado no natal para a família, de ter viajado com minha tia, de ter ganhado um cachorrinho, de ter ficado muito doente quando meu bisavô morreu. E assim o tempo foi passando, estava prestes a completar 15 anos, só faltava três semanas pro meu aniversário, quando descubro algo novo em mim.
Foi em um passeio com minhas amigas, que conheci o Ramon, um garoto de olhos castanhos bem claro, cabelo loiro e liso, pele branca e que estudava no colégio onde eu também estudava, mesma série, só que em turma diferente por causa da quantidade de alunos. Eu era da turma A e ele da B, só vim percebe-lo em uma brincadeira de colegial, verdade e consequencia, quando eu disse consequencia minhas amigas pediram para ele me dar um beijo na bochecha. Fiquei envergonhada quase que eu não deixava. Desse dia pra cá nos conhecemos melhor e começamos a sentir algo diferente entre a gente, foi quando meus sentimentos e minha vida ficou confusa ao acontecer o nosso primeiro beijo.
I PARTE de PRESA SEM CORAGEM
>>>>>AUTORA: ALANNY C. S.<<<<<